Oie!
To um pouco atrasada, mas pra quem está na dúvida do que ler em 2017, resolvi fazer um compilado de tudo o que eu li ano passado. Ao total foram 29 – menos do que eu esperava – e me surpreendi com muitas das que tinha enrolado para começar. Espero que sirva de inspiração e depois me contem se já leram ou gostaram de alguma delas <3
1. Tempos Extremos – Miriam Leitão
História densa e muito bem escrita. São duas histórias que se passam em séculos diferentes: uma no passado, em uma época de injustiças e escravidão e outra no presente, ainda falando sobre sofrimentos da ditadura e brigas familiares. Não é um livro leve mas te faz refletir sobre nossas escolhas na vida.
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É preciso deixar decantar a dor para entendê-la, mas não espere demais. O passado precisa passar”
2. Toda luz que não podemos ver – Anthony Doerr
Livro maravilhoso. Retrata um período triste da segunda guerra mundial, mas mesmo nesse tempo tão triste, reforça a capacidade de mudança e da escolha pessoal de fazer o bem, mesmo sob circunstâncias “impossíveis”.
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Você nunca pode deixar de acreditar. Essa é a coisa mais importante.”
3. Como dizer adeus em robô – Natalie Standiford
Uma história que fala de um amor, sem necessariamente ser um romance e questionamentos sobre comportamento e a vida. Apesar de elementos bons, não fiquei apaixonada pela história. Valeu a leitura mas não ganhou nota máxima.
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Bem vindo ao mundo adulto, benzinho. É solitário, é triste, e Deus o ajude.
4. Perdida – Carina Rissi
A Carina Risse é uma maravilhosa autora, além de ser brasileira. Perdida tem bons personagens, o enredo cativa e o casal principal faz o coração bater mais forte. Também é legal por fazer referência à um Brasil de 1830 (mas com a licença poética para sumir com a escravidão <3) e se você não se apaixonar pelo Ian, meu nome não é Vivian 😛
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Não sabia ao certo porque chorava: se era por mim, por Ian, ou pelo nós que jamais existiria.
5. Encontrada – Carina Rissi
A continuação de Perdida não deixou a desejar: a personagem principal finalmente entende sua missão no século XIX e o Ian mostrou que pode ser ainda mais apaixonante. A autora lançou também a visão do personagem no livro Destinado, mas eu ainda não li.
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Ser beijada por Ian era como morrer por um instante.
6. Cartas extraviadas e outros poemas – Martha Medeiros
Sempre rasgo muita seda pra falar de Martha Medeiros, pois acho que não conheço nenhuma autora pra escrever crônicas tão gostosas de ler como ela. Seu tom realista de contar histórias do cotidiano dá a sensação de que a autora está escrevendo sobre você, é muito amor.
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Sumi porque não há o que se possa resgatar. Meu sumiço é covarde mas atento, meio fajuto meio autêntico, sumi porque sumir é um jogo de paciência, ausentar-se é risco e sapiência, pareço desinteressado, mas sumi para estar sempre do seu lado, a saudade faz mais por nós que nosso amor e sua desajeitada e irrefletida permanência.
7. O diário de Bridget Jones – Helen Fielding
O clássico dos clássicos. É uma história atemporal e pra quem, assim como a personagem, se sente perdida sendo solteira, independente e um pouco atrapalhada. É pra quem acredita no amor mas ainda precisa aprender que ele não vem montado no cavalo branco, mas também para aqueles que curtem rir com uma personagem bem maluca.
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É como aquelas pessoas que, em vez de dizerem a verdade, inventam uma mentira para se desculpar, quando a verdade é melhor do que a mentira.
8. O diário de Anne Frank – Otto H. Frank; Mirjam Pressler
Esse livro é um tapa na cara. Tão triste pensar na Anne trancada, escondida, fugindo de uma guerra sem fundamentos. Mas é tão lindo também perceber que sua humanidade foi mantida, que ela tinha medo, sentia amor, se divertia e ainda dava graças por ter sido uma privilegiada nesse tempo tão absurdo. Vale pensar se tanto ódio leva a gente para algum lugar.
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Estou no topo do mundo quando penso em como temos sorte, ao me comparar com outras crianças judias.
9. Grande magia – Elizabeth Gibert
Inspirador e motivador. A autora conta histórias para explicar como a criatividade, se ouvida, pode abrir portas que nem imaginamos. É como se fosse uma intuição, um pensamento que precisa de um corpo para se tornar realidade. É para não deixar os sonhos e as ideias – mesmo quando nos sentimos inseguros – morrerem.
Nosso tempo aqui na Terra é curto e deve ser aproveitado.
10. Confie em mim, eu sou o Dr. Ozzy – Chris Ayres; Ozzy Osbourne
Imagine você querendo tirar umas dúvidas sobre sua saúde e quem te responde é simplesmente o Ozzy Osbourne. Pois é, aquele do morcego. Agora sóbrio e longe das drogas, o príncipe das trevas foi convidado para escrever uma coluna sobre saúde no Sunday Times e o livro é um compilado das respostas – hilárias – do artista. É pra morrer de rir.
Seus genes não decidem quem você é. Você decide. Se o príncipe das trevas conseguiu ficar são e sóbrio depois de quarenta anos de excessos, qualquer coisa é possível, porra.
11. Alguém especial – Ivan Martins
Mais um livro fofo de crônicas. Gosto muito desse tipo de escrita por conter um pouco da experiência do próprio autor. Alguém Especial contém histórias sobre relacionamentos: os que dão certo, os nem tão certo assim, as conquistas e o comportamento humano em geral. Tudo muito bem escrito com uma sensibilidade ímpar.
12. Andurá – Lucas Benetti
Esse foi uma experiência nova pra mim, pois era a primeira leitura escrita por um amigo meu. De cara, ele já ganhou o prêmio Off Flip de literatura com ele, que nos ensina através de uma sábia árvore a seguir nossos instintos e fazer o bem SEMPRE. Além de sensível, é uma leitura motivadora e as ilustrações são maravilhosas.
Demoramos para entender nosso dever, custamos descobrir nosso dom ou como, de fato, ele nos serve e para onde pode nos levar.
13. Olho por Olho – Jenny Han, Siobhan Vivian
Um retrato dos jovens e suas personalidades muitas vezes sádicas e vingativas. O livro fala muito sobre bullying, competitividade e quais as consequências desses sentimentos Fiquei bem chocada durante a leitura, que me motivou a ler o segundo livro.
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O vestido é tão lindo. Mais que lindo. É perfeito. É exatamente como quero estar quando Reeve desabar esta noite.
14. Dente por dente – Jenny Han, Siobhan Vivian
A continuação de Olho por Olho é ainda mais surpreendente que o primeiro. Quando você acha que a história terá um fim previsível, vem algo totalmente novo e chocante. Me fez pensar sobre como alimentamos sentimentos ruins constantemente e, que se nos deixamos levar um pouquinho por eles, acabamos cegos e fazendo coisas inimagináveis.
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Tenho de me vingar pelo o que Reeve fez com Mary. Isso é tudo. Olho por olho, dente por dente.
15. As aventuras de Pi – Yann Martel
Conhecemos a história do jovem Pi, preso por 227 dias em alto mar após o navio que o levaria da Índia ao Canadá naufragar. Além de perder tudo e todos os seus familiares, ele precisa dividir o pouco espaço do barco salva-vidas com um tigre. No fim, precisamos questionar se o animal realmente existiu.
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Essa história de dizer que a vontade é a mãe da invenção é a mais pura verdade. E como!
16. Pequenas grandes mentiras – Liane Moriarty
Livro sensacional e com uma ligação de personagens muito bem construída. Conhecemos três mulheres que tem suas vidas cruzadas por motivos não tão bons assim: confusões, violência doméstica e um final surpreendente. O livro foi tão bom que virou série na HBO <3
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Dizem que não é bom guardar ressentimetnos, mas sei lá, eu bem gosto do meu ressentimento. Cuido dele como se fosse um bichinho de estimação.
17. Como viajar sozinho em tempos de crise financeira & existencial – Hermés Galvão
Com o propósito de incentivar as viagens mesmo em crise financeira ou existencial, o livro conta algumas histórias de viagens do autor e também valiosas dicas para economizar dinheiro. Achei um pouco ácido demais, até um pouco ofensivo com gostos ordinários das pessoas, mas as dicas foram bem úteis.
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Se algo acontecer, viaje para esquecer. Se nada acontecer, viaje para que algo aconteça.
18. O sol é para todos – Harper Lee
Mais um clássico que só tive oportunidade de ler ano passado. Apesar de ser do século XX, é muito atemporal. Fala da escravidão e também sobre o preconceito em geral, sexismo e até as injustiças que vemos todos os dias na televisão. Reforça que o preconceito em si, nasce de pequenas atitudes não pensadas e que precisamos bloqueá-las a todo custo para que não criem raízes.
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Se só existe um tipo de gente, por que as pessoas não se entendem? Se são todas iguais, por que se esforçam para desprezar uns aos outros?
19. How to speak English fluently – Janet Gerber
Um livro curtinho mas muito bom se você quer praticar e receber ótimas dicas de como estudar inglês de uma maneira mais proveitosa. Além de perder o medo de falar, algumas das dicas também podem ser usadas para melhorar nossa produtividade ou usá-lo para aprender qualquer coisa. Além do livro, a autora mantém um blog chamado English Tonight.
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Mistakes are good, no, EXCELLENT! The more mistakes you make, the faster and more you will learn.
20. No mundo de Luna – Carina Rissi
Depois de Perdida e Encontrada, me apaixonei pela escrita da Carina Rissi e fui correndo encontrar mais livros dela. Mais uma vez, ela arrasou na construção dos personagens, trazendo ele para um ambiente tão comum nesses dias corridos que temos aqui em São Paulo. Seus personagens são super humanos: cheios de defeitos, ansiedades e personalidades muito fortes. É pra rir, se emocionar e se apaixonar pelo Dante!
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Relacionamentos nnao admitem egoísmos. Individualidade e opiniões diferentes, sim. Egoísmo, jamais. A partir do momento em que um se importa mais com o próprio bem estar do que com o do outro, a relação está com os dias contados.
21. Não sou uma dessas – Lena Dunham
Um apanhado de histórias sobre a vida: relacionamentos, família, sexo, carreira… tudo isso sendo mulher nesse mundo tão maluco (pra não dizer machista e sexista). É pra quem se sente perdida perceber que todo mundo está procurando seu caminho.
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Por mais que tenhamos trabalhado muito e por mais longe que tenhamos chegado, ainda existem muitas forças que conspiram para dizer às mulheres que nossas preocupações são fúteis, que nossas opiniões não são relevantes, que não dispomos do grau de seriedade necessário para que nossas histórias tenham importância.
22. Coisas da vida – Martha Medeiros
Mais um livro maravilhoso de crônicas. Histórias escritas por ela entre 2003 e 2005, sobre as angústias e a rotina. Como foram escritas nesse período, tem citações engraçadas sobre os celulares usados.
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Pé no acelerador e sorte, caríssimos. Não sigam ninguém, que estão todos à procura também.
23. Belo desastre – Jamie McGuire
Mistérios envolvendo o passado da mocinha e o comportamento conturbado e encrenqueiro do mocinho. Junte tudo e você terá muita confusão, comportamentos compulsivos e violentos e muita angústia. Achei o relacionamento desse casal um pouco cansativo, por serem extremamente doentes um pelo outro.
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Embora nós dois tivéssemos feito o outro passar pelo inferno, tínhamos encontrado o céu. Talvez isso fosse mais do que um casal de pecadores merecesse, mas eu é que não iria reclamar.
24. O maravilhoso agora – Tim Tharp
Um rapaz aparentemente sem problemas: carismático, gentil e altruísta. O famoso rei das festas. Mas por trás de toda essa máscara, descobrimos um cara solitário, cheio de problemas com a família, com a bebida e que acabou de levar um pé da namorada. É doce e melancólico, leve e intenso.
A coisa fica velha e você tem que comprar outra, que fica velha, e mais outra. Toda a sociedade é um campo de reino para viciados.
25. Metallica – a biografia – Mick Wall
Como fã da banda há 16 anos, ler a biografia era praticamente uma obrigação não cumprida. Nela passamos pela criação da banda, o auge, as brigas, a morte do Cliff e por todos os altos e baixos da banda até a entrada do baixista Robert Trujillo.
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Mais importante, assim como o Zeppelin, o Metallica se arriscou em todos os discos que lançou, podendo ter perdido seus fãs mais devotos ao tentar algo novo e interessante mesmo quando isso quase os matou. “Isso será parte do nosso legado para sempre” sentenciou Lars.
26. Alucinadamente Feliz – Jenny Lawson
Um dos favoritos do ano. Se você tem algum problema psicológico: ansiedade, depressão e até TOC) vai se divertir e se reconhecer nas histórias malucas da autora. Se pudesse dava um desse pra cada amig@ <3
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A questão é que às vezes merdas acontecem e às vezes não. A minha regra é: aproveita o que não está na merda, porque há merdas a caminho.
27. Divã – Martha Medeiros
Mais um da linda Martha Medeiros. Dessa vez, ao invés das crônicas conhecemos uma personagem de 40 anos, fazendo análise. Ela aprende a se conhecer e a conhecer seus próprios sentimentos: a se sentir plena e satisfeita em sua própria companhia.
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Mas a angústia existencial, se não é uma coisa triste, tampoouco é libertadora. Quero saber, entre todas aquelas que eu sou, quem é a chefe, quem manda dentro de mim. Me confundo com tanta autoridade, já não sei bem a quem obedecer.
28. Objetos Cortantes – Gillian Flynn
Meu primeiro livro da autora e ela já roubou um espaço enorme do meu coração. Não sou fã de leituras muito densas, mas ela é incrível. Que enredo, que suspense, que impressionante. Não é nem um pouco previsível e até foi elogiado pelo mestre Stephen King.
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Em inglês a depressão é chamada de blues. Mas eu ficaria feliz em despertar para um mundo azulado. Para mim a depressão é amarelo-urina. Quilômetros exaustos de mijo fraco.
29. Depois a louca sou eu – Tati Bernardi
Depois de Alucinadamente Feliz, fiquei viciada em leituras que falam de autores ou personagens com probleminhas psicológicos escritos de forma cômica. Precisamos entender que esses problemas são normais, que muitas pessoas os têm e que ainda assim é possível seguir a vida.
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Meu amigo, se você é bizarro, saiba três coisas (e lá vem o momento autoajuda, péssimo, mas…). Uma: você não está sozinho. Duas: você é um cara legal, pode acreditar. Três: as pessoas rasas são mais felizes, mas elas nem sentem isso de verdade porque são rasas, então não vale.
Espero que tenham gostado desse pacotão de livros e que algum deles possa mexer com você em 2017 🙂