Oie!
Poxa, que livro mais lindo, quer dizer, o que aconteceu não foi nada lindo. Gostaria de hoje ler todos os livros que Anne pretendia ter escrito. Ela, que com mais mais milhares e milhões de pessoas que passaram por essa fase HORRÍVEL, que eu jamais conseguirei imaginar. Ainda assim, mesmo com todo o sofrimento, a menina não perdeu sua doçura, a carência e as crises de adolescente. É muito tocante como vemos sua visão política sobre tudo e como muito disso poderia ser facilmente aplicado hoje.
Os objetivos da guerra são tão egoístas e sem fundamentos. Todos querem o “bem”, mas a que custo? Quantas outras pessoas vão pagar por essa escolha? Com esse livro eu vejo como a empatia é uma característica que falta em nós humanos desde SEMPRE (eu me incluo nessa, não sou santa). Mas como deixamos nossas vontades e o que achamos “certo” passar por cima de tantas pessoas? Como nos deixamos guiar por pessoas de pensamento curto, primitivo, exterminador?
Anne, mesmo não sobrevivendo, foi uma grande heroína. No meio de tantas necessidades, ela não esqueceu do principal: precisamos evoluir, questionar, debater. Me surpreendi muito com a força dessa grande mulher.
Depois durmo com a sensação estranha de que quero ser diferente do que sou, ou de que sou diferente do que quero ser, ou talvez de me comportar diferente do que sou ou do que quero ser.
Quem mais, além de mim, vai ler estas cartas? Com quem mais, além de mim, posso procurar conforto?
Estou no topo do mundo quando penso em como temos sorte, ao me comparar com outras crianças judias (…)
O melhor remédio para os amedrontados, solitários ou infelizes é sair, ir a um local em que possam ficar a sós, com o céu, a natureza e Deus. Só então você pode sentir que tudo é como deveria ser, e que Deus deseja a felicidade das pessoas em meio à beleza e a à simplicidade da natureza.
Sou sentimental, sei disso. Sou dependente e boba, sei disso também.
Meu conselho é: “Saia, vá para o campo, aproveite o sol e tudo que a natureza tem para oferecer. Saia e tente recapturar a felicidade que há dentro de você; pense na beleza que há em você e em tudo ao seu redor, e seja feliz.
Quero ser honesta; acho que assim você chega mais longe e que isso faz você se sentir melhor consigo mesma.
Qual é o sentido da guerra? Por que, por que as pessoas não podem viver juntas em paz? Por que toda essa destruição?
(…) ao passo que a nossa tensão nunca diminui, nunca diminuiu, nenhuma vez nos dois anos em que estamos aqui. Por quanto tempo continuará essa pressão cada vez mais insuportável?
As pessoas seriam muito mais nobres e melhores se, no fim de cada dia, pudessem rever o próprio comportamento e pesar o que fizeram de bom e de mau. Automaticamente tentariam melhorar a cada manhã e, depois de algum tempo, com certeza realizariam muita coisa.
Para ser franca, não consigo imaginar como alguém poderia dizer “Eu sou fraco” e continuar assim. Se você sabe isso a seu respeito, por que não luta contra, por que não desenvolve o caráter?
Páginas: 404 Nota: ★★★★★