Nos dias 4 e 5 de março tive o prazer de participar da Oficina de Giz feita pela querida Cristina Pagnoncelli, artista visual e designer de Curitiba <3
Tenho me interessado pela área de caligrafia e lettering há mais ou menos 1 ano (desde que fiz o meu primeiro Workshop de Caligrafia), mas ainda não tinha feito nenhum trabalho usando giz e não me arrependi de ter participado desse curso. Ele é dividido em 2 dias e vou contar um pouquinho como foi a experiência 😀
Dia 1 – Módulo 1
No primeiro dia, o conteúdo é mais teórico. Pudemos falar um pouco sobre nossas vidas, carreiras e conhecemos um pouquinho também do trabalho e carreira da Cris, que é muito inspiradora.
Depois disso, aprendemos o básico sobre os materiais e superfícies. Até aprendemos a pintar corretamente placas de MDF com a tinta que simula giz, que é o Esmalte Sintético Preto Fosco para Madeiras e Metais (ele serve para paredes e qualquer outra superfície).
Além da tinta, os demais materiais são: lápis, papel, papel vegetal, régua, fita crepe e giz escolar. Sim, esse que você usou na escola. Além dele, claro, você também pode usar giz pastel seco (o oleoso mancha mais a parede e é mais complicado de trabalhar). Uma ótima dica foi usar um giz vendido nas lojas Daiso que custa apenas R$7,99 e as cores são BEM vivas.
Com tudo isso em mãos, conhecemos e aplicamos o formato de trabalho que a Cris usa em suas composições:
- Buscar referências e separar destaques do conteúdo a ser trabalhado;
- Definir elementos que irão compor a arte;
- Fazer alguns pequenos estudos no papel;
- Fazer uma medida em proporção com o espaço que será usado na parede, separando os espaços com régua e depois finalizando inicialmente o estilo das letras;
- Fazer as mesmas medidas na parede com fita crepe ou fio de nylon;
- Repassar a arte sem acabamento;
- Realizar acabamentos e enfeitar as letras.
Com esse guia já conseguimos desenvolver uma plaquinha bem interessante – claro que a minha tinha que ter alguma coisa do Metallica <3
Dia 2 – Módulo 2
No módulo 2 já focamos 100% na decoração e em como/onde buscar referências para construção das letras e elementos complementares: de um efeito de sombra até uma pequena ilustração, tudo isso do papel para o giz.
A Cris aproveitou para mostrar diversos de seus (lindos) trabalhos e também várias referências interessantes, principalmente livros essenciais para quem quer começar/melhorar seu trabalho de lettering:
The complete book of chalk lettering
Valerie McKeehan
Compre na Amazon (Referência de valor: R$56,94)
Daily Dishonesty
Lauren Hom
Compre na Amazon por (Referência de valor: R$44,51)
Hand Lettering Ledger
Mary Kate McDevitt
Compre na Amazon (Referência de valor: $59,57)
In Progress
Jessica Hische
Compre na Amazon (Referência de valor: R$88,54)
Esses foram os principais, mas ela indicou ainda mais livros complementares e também os profissionais que admira:
Livros
- Pensar com tipos – Ellen Lupton
- A arte da caligrafia – David Harris
- Hand to type – Jan Middendorp
- Typography Sketchbooks – Steven Heller & Lita Talarico
Referências
- Dana Tanamachi
- Jessica Hische
- Gemma O’Brien
- Martina Flor
- Erik Marinovich
- Sagmeister & Walsh
- Lauren Hom
- Yani & Guille
- James Victore
- Stephen Powers
Depois dessa CHUVA de referências maravilhosas, fomos desafiados a produzir uma parede coletiva: nosso tema era Arte Urbana. A Cris sorteou uma palavra pra cada pessoa pensar na construção e decoração.
Foi um processo delicado mas delicioso. Além de trabalharmos juntos, tivemos que ter o cuidado de produzir artes equilibradas, que não brigassem entre si. Deixamos para “brigar” só pelo espaço, mas foi bem divertido! 😛
Extras
- Sim, o giz sai da parede/placa se ficar colocando a mão. Na aula a Cris mostrou um verniz que ajuda a proteger um pouco mais, PORÉM, ele é importado, custa aproximadamente R$80 e apaga os efeitos mais legais do giz, como degradê por exemplo. Não compensa 🙁
- Para uma arte permanente e “segura” contra dedos 😛 O ideal é usar tinta ou caneta, ela mostrou a Posca, mas também conheço uma similar, que chama Zig Posteman. Elas tem vários tipos de ponta e funcionam bem em qualquer superfície.
- Usar caneta tira um pouco a flexibilidade de criar e apagar que o giz tem, mas é só trabalhar com um paninho com álcool que dá pra consertar logo em seguida ao erro.
- Você vai descobrir que as borrachas serão suas melhores amigas. Dá pra consertar pequenos erros da lousa e ainda fazer efeitos de sombra – nesse caso com uma caneta borracha <3
- É importante sempre limpar bem a lousa para evitar o efeito “fantasma”: quando a lousa fica com aquela mancha esbranquiçada. Nunca esfregue o pano molhado, sempre passe em um sentido e mude para um lado limpo.
- Lembre de lavar o pano na mão antes de colocar na máquina de lavar, giz vira gesso e você não quer quebrar sua máquina 😀
- Não é preciso nenhuma experiência para fazer esse workshop, mas nesse caso é ideal fazer os dois módulos para receber mais referências de onde e como começar.
Conclusão
Apesar de ser um curso de apenas 2 dias, é muito completo e motivador. Além de uma ótima profissional, a Cristina é uma ótima pessoa, daquelas que não mede esforços para passar conhecimento e dicas para cada pessoa, por igual.
Terminamos a aula todos emocionados, por sua história e por nosso resultado tão bacana. Além disso, sempre vou lembrar de suas dicas, principalmente sobre enfrentarmos nossa zona de conforto para mostrar para si mesmo e para o mundo que podemos ser e fazer o que bem entendemos. No final, o importante é buscarmos o que nos faz felizes <3
Se você também quer aprender e se jogar nesse MARAVILHOSO curso, em maio vai ter mais uma turma e se eu fosse você, ficava de olho pois as inscrições acabam muito rápido.
Pra conhecer mais o trabalho da Cris, acesse: