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Livro: O poder do hábito – Charles Duhigg

Livro O poder do hábito

2015 mal começou e já tem sido bem transformador pra mim. Depois de quase 2 anos estagnada (assunto para outro tipo de post), aproveitei o ritmo de renovação e resolvi tirar vários projetos do papel.

Bom, essa pequena introdução serve apenas para reforçar que entre querer mudar e mudar de fato, existe uma coisa chamada hábito. É o hábito que nos faz repetir determinados comportamentos, e eu precisava mudar vários hábitos destrutivos para conseguir colocar meus projetos em prática.

Não tem nada que você não possa se criar os hábitos certos.

Um dos primeiros passos, claro, é ter muita força de vontade. Só a tive depois de literalmente chegar no fundo do poço: ou eu fazia alguma coisa ou perderia totalmente o controle. Outro passo foi começar a registrar meus hábitos e por último a leitura do livro O poder do hábito.

O problema é que nosso cérebro não sabe a diferença entre os hábitos ruins e os bons, e por isso, se você tem um hábito ruim, ele está sempre ali à espreita, esperando as deixas e recompensas certas.

De cara eu achei que o livro fosse apenas abordar uma técnica para mudar hábitos, mas na verdade é praticamente uma tese em cima de casos reais, estudos e mais estudos sobre como alguns hábitos podem ser transformados. As histórias são diversas, desde um homem que perdeu a memória devido à uma doença cerebral, o funcionamento bem-sucedido dos Alcoólicos Anônimos e até um outro rapaz que saiu de uma família de dependentes químicos para se tornar um dos mais respeitados gerentes de unidades da Starbucks.

Todo e qualquer hábito, como explica o autor, está diretamente ligado ao ciclo: Deixa > Rotina > Recompensa, o chamado “Loop do Hábito”. Se você age de uma determinada maneira, não é porque você gosta do processo – da rotina, nesse caso -, mas sim da recompensa. Um dos exemplos do livro, é o caso do próprio autor, que criou um hábito no processo de desenvolvimento do livro: Todos os dias por volta das 15h (a deixa) ele levantava, ia até o café mais próximo e comia um doce(rotina). Como a longo prazo isso poderia ser ruim para sua saúde, ele resolveu se analisar. Estudando minuciosamente seu próprio hábito e aplicando esse conceito de DeixaRotinaRecompensa, ele descobre que na verdade não se levantava para comer um doce por fome ou vício, mas que esse era um tempo que ele tinha para interagir com outras pessoas (essa era a sua recompensa), fosse no café ou na caminhada de volta ao escritório.

É assim que nossos hábitos são criados: juntando uma deixa, uma rotina e uma recompensa, e então cultivando um anseio que movimente o loop.

Uma das partes mais importantes pra mim, é quando chegamos a conclusão que o melhor para se adquirir novos hábitos não é descartar os antigos, mas reconstruí-los para se tornarem hábitos melhores. Você deve manter a mesma recompensa, mas trocar a rotina por uma mais adequada.

No caso dos doces, o autor aos poucos mudou sua rotina de forma que a recompensa fosse a mesma, mas que ele se satisfizesse tomando um café ou comendo uma maçã.

Sabemos que um hábito não pode ser erradicado – ele deve, em vez disso, ser substituído.

Mudar hábitos é uma coisa extremamente pessoal. Se você deseja mudar algum deles, deve primeiramente se analisar muito bem e por fim decidir que rotina precisa ser modificada.

[…] este livro não contém uma única prescrição. Em vez disso esperei ter proporcionado algo diferente, um modelo para entender como os hábitos funcionam e um guia para experimentar o modo como eles podem mudar.

Nota: 10/10
Autor: Charles Duhigg
Páginas: 408

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