Quando criança, amava os projetos de ‘mudança’ da minha mãe, já que ela sempre gostou de mudar tudo de lugar e revigorar o ambiente.
As primeiras mudanças que eu lembro foram obviamente as escolares: lembro como foi ‘perder’ minha melhor amiga da pré-escola, minhas amigas do fundamental e depois o fim do ensino médio, quando eu não sabia ainda como minha vida seria.
Apesar do medo, sempre gostei da sensação da mudança.
Se você souber aproveitar, recomeçar traz uma adrenalina bem gostosa.
Só que com o tempo, a idade, a rotina, os compromissos… enfim, tudo vira uma desculpa, o medo toma conta e você fica paralisado. O que a longo prazo é horrível.
Lembro do medo quando pedi demissão do meu primeiro emprego para não ganhar nada em um estágio na minha área. Minha certeza desse investimento e a vontade de mudar de vida me motivaram e foram maiores que o medo de tudo dar errado. Eu tinha obviamente contas para pagar, mas me dei a chance e foi a melhor coisa que eu fiz.
Sinto até uma nostalgia ao lembrar de tudo isso, porque também me lembro que a gente só consegue mudar de vida/hábitos se dermos um primeiro passo.
Tem um ditado que diz que a direção é mais importante que a velocidade, então se temos uma pequena chama, uma pequena vontade, é muito melhor caminhar aos pouquinhos do que ficar parado.
Recomeçar é dar espaço para o novo, é caminhar na direção de uma mudança genuína.
Recomeçar é preciso.